Boavista: Rui Miguel Tovar (Jornalista) relembra excelentes tempos





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Há 24 horas, o cenário é este. Desolador. O Boavista, campeão nacional em 2001, continua com dificuldade em levantar os 33 impedimentos colocados por ex-jogadores e treinadores, por divídas antigas. O clube faz pela vida, forma o plantel (Fary, Renato Queirós e Zamorano, só para citar aqueles com experiência de 1.ª divisão), contrata um treinador (Mário Silva) e só está à espera da negociação com os credores. Tic, tac, tic, tac, o relógio não pára e o Boavista desespera. Compreensivelmente. Por sorte, o Aliados do Lordelo é "amigo", muda de nome para Aliados do Boavista e aceita adiar pela segunda vez o jogo da jornada inaugural da 2.ª divisão, zona centro.

Boavista, check.

Futebol, check.

Clube, check.

Agora sim, o Boavista respira. Acaba a maratona de negociações para levantar os 33 impedimentos. Os últimos dois casos pendentes são de ex-jogadores. Jorge Silva e Jorge Couto, que se sagram campeões nacionais em 2000-01. É tempo de ir a jogo. Hoje, o Estádio do Bessa volta a fervilhar. É quarta-feira mas não é europeia como tantas que o Boavista dá ao futebol português: 8-0 ao Sliema Wanderers, 4-1 ao Atlético Madrid, 1-0 à Fiorentina (3-1 nos penáltis), 2-1 ao Inter, 2-0 à Lazio, 3-1 ao Dínamo Kiev, 0-0 com Bayern, 1-0 ao Málaga (3-1 nos penáltis para garantir a meia-final da Taça UEFA). É quarta-feira, sim, e é dia de acerto de calendário na 2.ª divisão. Com o Aliados do Lordelo. Às 20h30, temos Boavista. A equipa das camisolas esquisitas (obrigado Zenga!). É impossível ser indiferente ao Boavista.

O formador de internacionais como João Vieira Pinto, Nuno Gomes, Petit, Raul Meireles, Bosingwa, Ricardo Costa, Litos, Nelo...

O único grande com tendência para acrescentar "ão" ao nome, em três versões: Boavistão de José Maria Pedroto, Boavistão de Manuel José e Boavistão de Jaime Pacheco.

O quarto grande do futebol nacional, com um título de campeão em 2001, cinco Taças de Portugal e três Supertaças portuguesas contra 1-3-0 do Belenenses.

O quinto grande português na selecção nacional em internacionalizações (191, atrás de benfica-1711, FC Porto-1359, Sporting-1227 e Belenenses, 290).

O sexto grande português em golos na selecção nacional (12, atrás de Benfica-250, Sporting-128, FC Porto-111, Belenenses-33 e Vitória Setúbal-14).

O quarto e último grande a ganhar duas Taças de Portugal em anos consecutivos (2-1 ao Benfica em Alvalade-75; 2-1 ao Vitória Guimarães nas Antas-76).

O quinto grande português a marcar golo num Mundial (Erwin Sánchez, pela Bolívia-94, depois de José Augusto-Benfica-66, Yazalde-Sporting-74, Abdel Ghany-Beira Mar-90).

O grande mais grande por conseguir reunir estrelas internacionais como Phil Walker, Ricky, Lewis, Latapy, Isaías, Jimmy, Ayew, Douala, Sánchez, Douala, Timofte, Fary (ei-lo de volta, aos 36 anos).

O grande mais grande a jogar com a camisola de xadrez - exceptuando a equipa de pilotos da Fórmula 1. Prego a fundo...

1 comentários:

  1. Anónimo disse...:

    Soberbo este artigo...
    Só não vê quem não quer ver!
    Viva o BOAVISTA.
    António Tiago

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